Situação dos povos indígenas brasileiros na pandemia é tema de entrevistas no programa Conexões
Professor da UFMG avalia o contexto da doença em relação à comunidade indígena e estudante Xakriabá detalha como sua etnia tem sido afetada
O Dia dos Povos Indígenas, celebrado nesta segunda-feira, 19, homenageia os povos originários do Brasil, reforçando a luta, cobrando os direitos e denunciando os problemas enfrentados por essa comunidade. A luta diária dos indígenas precisa ser ainda mais discutida no cenário da pandemia que os deixa expostos à covid-19 sem assistência adequada, principalmente os que vivem nas cidades. Os povos estão entre os grupos mais vulneráveis ao avanço da doença.
Em relação à vacinação, eles foram priorizados na primeira fase do Plano Nacional de Imunização, do Ministério da Saúde, mas apenas os que vivem em terras indígenas. O Projeto de Lei 310/21, em análise na Câmara dos Deputados, determina também a priorização dos não aldeados. A situação dos povos originários no contexto da pandemia foi avaliada pelo antropólogo e professor do Departamento de Antropologia e Arqueologia da UFMG Ruben Caixeta.O programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, também discutiu sobre o quadro do povo Xakriabá em relação ao novo coronavírus. Segundo o Boletim Informativo da Terra Indígena Xakriabá, foram registrados, até 10 de março de 2021, 146 casos positivos para a covid-19 e um óbito entre os 11 mil indígenas da etnia. Esse cenário foi detalhado pelo professor e graduando no curso de Formação Intercultural para Educadores Indígenas na UFMG, na área de Ciências Sociais e Humanas, Edvan Srêwakmõwê, da etnia XakriabáDados e relatórios sobre a situação indígena na pandemia de covid-19 podem ser acessados na página Emergência Indígena, da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB). Para acompanhar as transmissões realizadas pelo Acampamento Terra Livre, acesse o site da APIB.
Produção: Luiza Glória
Publicação: Alessandra Dantas