Pesquisadora investiga trabalho dos agentes penitenciários para compreender estrutura prisional
Estudo de doutorado é tema do novo episódio do ‘Aqui tem ciência’, da Rádio UFMG Educativa
O Brasil tem, em média, oito presos para cada agente penitenciário, segundo um levantamento de 2021 feito pelo G1 em parceria com o Núcleo de Estudos da Violência da USP e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O número está acima do recomendado pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, que é de cinco presos por agente. Outro estudo, também publicado pelo G1 em parceria com o Núcleo e o Fórum, entre 2014 e 2018, revela que nove agentes morreram, 300 foram feitos reféns e 594 ficaram feridos. Os dados evidenciam as más condições existentes nos presídios, que impactam negativamente os presos e os trabalhadores dessas instituições.
Com a proposta de compreender o funcionamento da estrutura prisional com base no trabalho dos agentes penitenciários, a pesquisadora Marcela Sobreira desenvolveu sua tese de doutorado em psicologia pela UFMG. Durante a pesquisa, ela fez visitas a 13 unidades prisionais no estado de Minas Gerais e dividiu sua análise em três categorias: trabalho, corpo e poder. Para entender a dinâmica de funcionamento da atividade de agente penitenciário e da própria prisão, Marcela Sobreira elaborou três esferas relacionadas ao corpo do agente: disciplinar, fronteira e real.
Saiba mais sobre a pesquisa no novo episódio do Aqui tem ciência, da Rádio UFMG Educativa.
Raio-X da pesquisa
Tese: Do corpo disciplinar ao corpo real: o trabalho dos agentes de segurança penitenciária
O que é: pesquisa sobre a estrutura e a dinâmica de funcionamento do sistema prisional com base no trabalho dos agentes de segurança penitenciária
Programa de Pós-graduação: Psicologia
Orientadora: Vanessa Andrade de Barros
Ano de defesa: 2019
Financiamento: Capes
O episódio 86 do programa Aqui tem ciência tem produção e apresentação de Beatriz Kalil, com edição de Paula Alkmim e Alessandra Ribeiro, e trabalhos técnicos de Breno Rodrigues.
O programa é uma pílula radiofônica sobre estudos da UFMG e abrange todas as áreas do conhecimento. A cada semana, a equipe da emissora apresenta os resultados de um trabalho de pesquisa da Universidade.
O Aqui tem ciência fica disponível em aplicativos de podcast, como o Spotify, e vai ao ar na frequência 104,5 FM, às segundas, às 11h, com reprises às quartas, às 14h30, e às sextas, às 20h.