Saúde

Uso de dilatador nasal externo potencializa desempenho esportivo de crianças e adolescentes

Dispositivo traz ganhos cardiorrespiratórios, revela pesquisa da Faculdade de Medicina

O brasileiro Caio Bonfim usou o DNE durante as provas de marcha atlética que disputou nos Jogos Olímpicos de Paris
O brasileiro Caio Bonfim usou o DNE durante as provas de marcha atlética disputadas nos Jogos Olímpicos de Paris Foto: Miriam Jeske | COB

Em experimento realizado na Faculdade de Medicina, atletas de 15 a 17 anos de idade que usaram o dilatador nasal externo (DNE) obtiveram aumento de 10% no consumo máximo de oxigênio e nos valores do Pico do Fluxo Inspiratório Nasal, além de relatarem diminuição da percepção subjetiva de esforço. A investigação integra a pesquisa de doutorado do educador físico Carlos Henrique dos Santos, no Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde – Saúde da Criança e do Adolescente da Faculdade de Medicina.

A pesquisa buscou desvendar as implicações na capacidade respiratória e na forma como os dilatadores nasais externos atuam em crianças e adolescentes atletas com diferentes perfis faciais, como o braquifacial (face curta e larga), dolicofacial (face longa e estreita) e mesofacial (crescimento proporcional entre os diâmetros vertical e horizontal). 

Participaram do estudo 63 adolescentes saudáveis de ambos os sexos, submetidos a testes de corrida utilizando o DNE ou um placebo. “Além de úteis para aprimorar o desempenho em atividades aeróbicas, os resultados também servem de base para outros estudos com amostras ampliadas e variações de gênero", projeta o autor. 

O DNE
O dispositivo consiste em uma tira adesiva que se fixa horizontalmente à pele do dorso do nariz, contendo duas lâminas paralelas de plástico, indo de uma asa à outra do nariz e atuando como molas. Não há contraindicações para sua utilização. A finalidade dessas tiras é evitar que as abas das narinas se fechem na região da válvula nasal. 

Carlos Henrique enumera, como vantagem associada ao uso dos DNE, sua facilidade de acesso, inclusive em termos de custo. "Eles podem representar uma alternativa eficaz antes da prescrição de medicamentos", sugere o pesquisador.

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Vitor Pepino | Centro de Comunicação Social da Faculdade de Medicina