Especialistas discutem relação entre 'streaming' e outras mídias
Na avaliação de professor da UFMG, plataforma está reconfigurando a cadeia do audiovisual
Com as medidas de distanciamento social e prevenção adotadas durante a pandemia, as salas de cinema se esvaziaram. No entanto, o consumo de conteúdo audiovisual não foi interrompido graças aos serviços de streaming – plataformas on-line que disponibilizam séries e filmes mediante assinatura –, e o brasileiro continuou acompanhando as produções de que gostam.
“O brasileiro é interessado em assistir cinema, em ver entretenimento. A gente tem uma cultura muito forte da TV; há mais de 50 anos, as pessoas sentam na frente de uma televisão para assistir a alguma coisa: novela, filme, seriado, programa de auditório e jornal", analisa a cineasta e produtora executiva Marina Rodrigues.
Ao fazer sucesso, novas formas de consumo alteram toda a rede audiovisual, segundo explica o professor Eduardo de Jesus, do Departamento de Comunicação Social da UFMG. "Cada vez que aparece um novo meio de comunicação, ocorre uma espécie de reposicionamento em torno desse novo centro. Isso acontece agora em relação ao streaming", explica o professor. Eduardo de Jesus também analisa a "rivalidade" entre o cinema e o sofá. "Do meu ponto de vista, há um campo de tensão configurado entre a sala de exibição tradicional e o streaming, mas eu não acredito em substituição", opina.
Equipe: Luiza Galvão (produção), Otávio Zonatto (edição de imagens), Naiana Andrade (edição de conteúdo) e Lucas Tunes (imagens)