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Arte e Cultura

Centro Cultural exibirá 11 filmes da Mostra Ecofalante de Cinema a partir do dia 22

Festival abriga produções sobre temas como conflitos de terra, ativismo social, meio ambiente, gênero e sexualidade

‘Geração Z’ é um dos filmes exibidos
‘Geração Z’ é um dos destaques da mostraDivulgação

Realizado no formato remoto por mais de dois anos, o CineCentro, projeto do Centro Cultural UFMG, volta com uma programação presencial especial, que inclui a exibição de 11 filmes do Panorama Internacional Contemporâneo – eixos emergência climática e trabalho – da 11ª Mostra Ecofalante de Cinema.

De 22 a 31 de agosto, o evento, gratuito, será realizado no auditório do Centro Cultural, na Avenida Santos Dumont, 174.

Organizada pela ONG Ecofalante, a mostra exibe, desde 2012, filmes, documentários e programas de televisão de caráter cultural, educativo e socioambiental. O evento é considerado um dos mais importantes da cena audiovisual sul-americana dedicada a essas temáticas.

A edição atual será em formato híbrido, com sessões presenciais em São Paulo, parte da programação on-line e quatro itinerâncias por outras cidades, incluindo a capital mineira. Em BH, haverá apenas sessões presenciais.  

Com mais de 100 títulos de 35 países, a programação aborda seis grandes temas: ativismo, biodiversidade, economia, emergência climática, trabalho e povos e lugares. Haverá sessões especiais sobre sociedade e racismo estrutural e sociedade e redes.

Competição
Serão exibidos, no âmbito do Panorama Internacional Contemporâneo, filmes que passaram recentemente pelos principais festivais de cinema e documentário do mundo. São 45 produções – 31 inéditas no Brasil – de 29 países.

A mostra tem, ainda, dois programas competitivos, a Competição Latino-Americana e o Concurso Curta Ecofalante para estudantes.

'A mãe de todas as lutas'; documentários exibidos no Centro estão nos programas competitivos da mostra
'A mãe de todas as lutas': documentário concorre em um dos programas competitivos da mostra Divulgação

No Centro Cultural, a programação reúne 11 documentários, que competem nos programas da mostra. As temáticas abordam, entre outros eixos, gênero, sexualidade, povos tradicionais, conflitos de terra, ativismo, desastre ambiental e mineração.

A seleção apresenta obras audiovisuais de diferentes países, destacando as múltiplas dimensões das questões ambientais em todo o planeta, sem relegar as especificidades regionais e globais.
 
O objetivo da mostra é favorecer a difusão de produções cinematográficas premiadas e pouco acessíveis ao público, contribuindo para ampliar e trazer à tona discussões ambientais contemporâneas.  
 

‘Krenak’: indígenas e desastre ambiental
‘Krenak’: indígenas e desastre ambiental Divulgação

Revolução digital, meio ambiente, escravidão moderna...
Com curadores e convidados, a mesa de abertura da Mostra Ecofalante, no Centro Cultural UFMG, será realizada no dia 22, às 18h30.

Logo após, às 19h, será exibido Geração Z (2021), de Liz Smith. O documentário em língua inglesa discute como a revolução digital impacta a sociedade, o cérebro e a saúde mental por meio de forças que impulsionam e trabalham contra a humanidade, colocando-a em uma trajetória perigosa.

No dia 23, dois curtas brasileiros são as atrações da mostra. Às 19h, Mineiros (2020), de Amanda Dias, aborda a mineração em Minas Gerais e como ela está na origem e economia do principal estado minerador do país. Às 19h23, será a vez de Krenak (2017), documentário de Rogério Corrêa sobre a tribo indígena de Resplendor, Minas Gerais. O filme resgata desde a declaração da “guerra justa” pelo rei português Dom João VI, em 1808, até o desastre ambiental no Rio Doce, em 2015, causado pela ruptura da barragem de Mariana.

O terceiro dia de mostra, 24, também terá duas exibições. Na primeira, às 19h, o filme colombiano Two-spirit (2021), de Mónica Taboada-Tapia, conta a vida de Georgina, mulher transgênero indígena, em sua comunidade no deserto, lugar solitário e cruel para alguém como ela. Às 19h52, o destaque é A mãe de todas as lutas (2021), da brasileira Susanna Lira. Por meio do olhar feminino, o filme acompanha a trajetória de duas mulheres que lideram a luta por terra no Brasil. Shirley Krenak carrega as tradições das guerreiras de sua tribo, e Maria Zelzuita é sobrevivente do Massacre de Eldorado dos Carajás, em 1996, no Pará.
 
No dia 25, às 15h, será exibido o documentário canadense Beleza tóxica (2019), de Phyllis Ellis, que denuncia a falta de regulação da indústria multibilionária de cosméticos e o verdadeiro custo da beleza. O filme conta a história de uma ação judicial coletiva histórica movida contra a Johnson & Johnson, que utilizava substâncias cancerígenas na produção de talcos para bebês.
 
No dia 26, também às 15h, será exibido A história do plástico (2019), da norte-americana Deia Schlosbergico (2019), que lança um olhar sobre a crise de poluição plástica causada pelo homem e seu efeito na saúde do planeta e das pessoas.

‘Quarto de empregada’ oferece olhar íntimo sobre trabalho doméstico
‘Quarto de empregada’ trata do trabalho doméstico nas sociedades capitalistasDivulgação

Retomando as exibições, no dia 29, às 15h, Quarto de empregada (2021), produção austro-alemã, retrata a realidade das trabalhadoras domésticas estrangeiras em países do Oriente Médio. A diretora Roser Corella oferece uma visão íntima sobre a vida de empregadores, agentes e empregadas, expondo as formas modernas de escravidão e situando o papel das mulheres e do trabalho doméstico, em geral, nas sociedades capitalistas.

Dois filmes estão programados para o dia 30. Às 19h, Natureza moderna (2021), da argentina Maia Gattás Vargas, registra o jardim botânico Joaquín Antonio Uribe e o Parque Regional Ecoturístico Arví, em Medellín, na Colômbia, como se fossem ciborgues ou montagens de humanos, máquinas e natureza. Às 19h15, o documentário brasileiro Lavra (2021), de Lucas Bambozzi, narra a volta de Camila à sua terra natal e o seu encontro com as consequências do maior crime ambiental do Brasil, após o rompimento de uma barragem. Ela percorre o fluxo da lama tóxica e depara com pessoas, povoados e paisagens totalmente devastados.
 
No último dia da mostra, 31 de agosto, Primeiros habitantes: uma perspectiva indígena (2021), de Costa Boutsikaris, será exibido às 19h. O documentário norte-americano acompanha o esforço de cinco tribos nativas americanas para restaurar práticas tradicionais de manejo da terra em desertos, litorais, florestas e pradarias.

Mais informações, como classificação indicativa e duração dos filmes, estão disponíveis no site do Centro Cultural e também podem ser solicitadas pelo telefone (31) 3409-8290.

Com Assessoria de Comunicação do Centro Cultural UFMG