Pinturas de Gabriela Carvalho evocam organismos vivos e elementos naturais
Primeira exposição individual da artista visual Gabriela Carvalho, O habitat pictórico propõe uma expansão da pintura para além da tela, convidando os visitantes a explorarem um corpo agora tridimensional e sensorial que habita o ambiente expositivo. As obras ocupam a Sala Horta, no Centro Cultural UFMG, e podem ser visitadas até 8 de junho.
Frutos de investigação da artista sobre a relação entre a pintura, escultura e instalação, os trabalhos em exposição são pinturas-objeto, ou seja, formas volumosas que evocam organismos vivos e elementos naturais como corais, algas e troncos de árvores. Confeccionadas com espumas, costuras e preenchimentos têxteis, elas ganham uma relação tátil por meio da textura, volume e presença, extrapolando a bidimensionalidade das pinturas e adentrando o mundo de três dimensões.
A relação com a natureza é algo central na pesquisa da artista, uma vez que, assim como a matéria orgânica cresce, se transforma e se adapta ao meio ambiente, suas criações se expandem, se moldam e se reorganizam no espaço expositivo. Suas pinturas se transformam em organismo vivo, que agora pode ser percebido pelo toque e favorece a imersão.
Natureza, eixo central
Graduanda em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da UFMG (EBA), Gabriela Carvalho faz da natureza o eixo central de suas produções, criando seres pictóricos que desafiam os limites entre a imagem e o corpo. Ela participou de diversas exposições coletivas desde 2022, como extraORDINÁRIOS, Membranas, Construção 2024/1, e Entre espaços curtos de tempo. Obras de sua autoria foram publicadas na revista TAUP, na 1ª edição da Pulsa Galeria Singular e na Oposta Galeria de Arte. Também integrou a residência artística Terra, moradia e arte. O habitat pictórico é a sua primeira exposição individual.
