Evento acadêmico

Seminário do ICB UFMG mostra papel da sinalização celular em câncer de fígado

A edição do dia 14 de maio de 2019 dos 'Seminários do Instituto de Ciências Biológicas' (ICB) da UFMG traz pesquisa inédita a respeito da sinalização do carcinoma hepatocelular (CHC), tipo mais comum de câncer de fígado e segunda maior causa de morte entre todos os tipos de câncer.

No horário das 13h às 14h, no auditório Cerrado (3) do ICB, Maria de Fátima Leite, professora titular do Departamento de Fisiologia e Biofísica e coordenadora do Liver Center UFMG, apresenta a pesquisa Sinalização do cálcio: o fígado em foco.

Público

Direcionado ao público da área, o evento é aberto e as inscrições devem ser realizadas no local do evento. Haverá emissão de certificado para os participantes. 

Mais informações sobre o evento podem ser consultadas no site do Núcleo de assessoramento à Pesquisa do ICB (NAPq), que organiza os Seminários, evento mensal que apresenta pesquisas de todos os departamentos do Instituto.

Sobre a pesquisa

“Apesar da diversidade de causas do carcinoma hepatocelular, como infecção pelo vírus da hepatite C, consumo crônico de álcool, doença hepática gordurosa, entre outras, não existe informações a respeito de uma via comum de sinalização intracelular relacionada a esse tipo de câncer ou a qualquer condição prévia que pudesse indicar o surgimento da doença”, afirma a pesquisadora Maria de Fátima Leite.

A sinalização intracelular está relacionada à forma como as células codificam alterações bioquímicas em uma determinada função do organismo.

Por meio de análises de bioinformática e de estudos in vivo, in vitro e em amostras humanas, a pesquisa identificou o aparecimento de um canal adicional de cálcio nos hepatócitos, células encontradas no fígado, somente quando há o desenvolvimento do carcinoma hepatocelular.

Em termos mais científicos, a pesquisadora explica que foi identificada “uma isoforma do canal de cálcio, o receptor de IP3 do tipo 3 (ITPR3), que passa a ser expressa nesse tipo de carcinoma”. O ITPR3 é uma proteína que é,codificada pelo gene de mesmo nome e é também um receptor dos íons de cálcio.

Na pesquisa da professora Maria de Fátima, os cientistas descobriram que em condições fisiológicas a expressão desta isoforma é inibida pela metilação do DNA – um tipo de alteração reversível do DNA que inibe a expressão dos genes. Algo semelhante a um mecanismo de ligar e desligar genes, do qual participam fatores externos relacionados ao ambiente e à forma como a pessoa vive seu dia-a-dia, a epigenética e a qual está muito relacionada a expressão genética.

“A expressão do receptor de IP3 do tipo 3, o ITPR3, leva a uma maior proliferação das células hepáticas, sugerindo ser essa a participação da sinalização de cálcio, via ITPR3, no surgimento do carcinoma hepatocelular”, afirma a pesquisadora, para quem a descoberta indica este receptor como um possível biomarcador que permite prever o curso provável de uma doença, ou o prognóstico desse tipo de carcinoma. Além disso, o estudo abre caminho para novo alvo terapêutico para o câncer de fígado.

Com pós-doutorado na área de biologia celular em Yale (EUA), Maria de Fátima Leite é pesquisadora do CNPq e International Fellow da Howard Hughes Medical Institute (2007-2012). Seus estudos concentram-se na área de biologia celular e molecular com ênfase em cálcio intracelular na fisiopatologia do fígado.

(Fonte: Assessoria de Comunicação Social e Divulgação Científica do ICB UFMG)

Descrição Imagem
Fátima Leite apresenta pesquisa de importância à saúde da população Foca Lisboa/UFMG

Ficha técnica

A edição do dia 14 de maio de 2019 dos 'Seminários do Instituto de Ciências Biológicas' (ICB) da UFMG traz pesquisa inédita a respeito da sinalização do carcinoma hepatocelular (CHC), tipo mais comum de câncer de fígado e segunda maior causa de morte entre todos os tipos de câncer.

No horário das 13h às 14h, no auditório Cerrado (3) do ICB, Maria de Fátima Leite, professora titular do Departamento de Fisiologia e Biofísica e coordenadora do Liver Center UFMG, apresenta a pesquisa Sinalização do cálcio: o fígado em foco.

Público

Direcionado ao público da área, o evento é aberto e as inscrições devem ser realizadas no local do evento. Haverá emissão de certificado para os participantes. 

Mais informações sobre o evento podem ser consultadas no site do Núcleo de assessoramento à Pesquisa do ICB (NAPq), que organiza os Seminários, evento mensal que apresenta pesquisas de todos os departamentos do Instituto.

Sobre a pesquisa

“Apesar da diversidade de causas do carcinoma hepatocelular, como infecção pelo vírus da hepatite C, consumo crônico de álcool, doença hepática gordurosa, entre outras, não existe informações a respeito de uma via comum de sinalização intracelular relacionada a esse tipo de câncer ou a qualquer condição prévia que pudesse indicar o surgimento da doença”, afirma a pesquisadora Maria de Fátima Leite.

A sinalização intracelular está relacionada à forma como as células codificam alterações bioquímicas em uma determinada função do organismo.

Por meio de análises de bioinformática e de estudos in vivo, in vitro e em amostras humanas, a pesquisa identificou o aparecimento de um canal adicional de cálcio nos hepatócitos, células encontradas no fígado, somente quando há o desenvolvimento do carcinoma hepatocelular.

Em termos mais científicos, a pesquisadora explica que foi identificada “uma isoforma do canal de cálcio, o receptor de IP3 do tipo 3 (ITPR3), que passa a ser expressa nesse tipo de carcinoma”. O ITPR3 é uma proteína que é,codificada pelo gene de mesmo nome e é também um receptor dos íons de cálcio.

Na pesquisa da professora Maria de Fátima, os cientistas descobriram que em condições fisiológicas a expressão desta isoforma é inibida pela metilação do DNA – um tipo de alteração reversível do DNA que inibe a expressão dos genes. Algo semelhante a um mecanismo de ligar e desligar genes, do qual participam fatores externos relacionados ao ambiente e à forma como a pessoa vive seu dia-a-dia, a epigenética e a qual está muito relacionada a expressão genética.

“A expressão do receptor de IP3 do tipo 3, o ITPR3, leva a uma maior proliferação das células hepáticas, sugerindo ser essa a participação da sinalização de cálcio, via ITPR3, no surgimento do carcinoma hepatocelular”, afirma a pesquisadora, para quem a descoberta indica este receptor como um possível biomarcador que permite prever o curso provável de uma doença, ou o prognóstico desse tipo de carcinoma. Além disso, o estudo abre caminho para novo alvo terapêutico para o câncer de fígado.

Com pós-doutorado na área de biologia celular em Yale (EUA), Maria de Fátima Leite é pesquisadora do CNPq e International Fellow da Howard Hughes Medical Institute (2007-2012). Seus estudos concentram-se na área de biologia celular e molecular com ênfase em cálcio intracelular na fisiopatologia do fígado.

(Fonte: Assessoria de Comunicação Social e Divulgação Científica do ICB UFMG)

Serviço

14 de maio de 2019

13H às 14H

Instituto de Ciências Biológicas - Auditório Cerrado (3)

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Entrada franca

Campus Pampulha UFMG - Av. Antônio Carlos 6627 - Belo Horizonte - MG

https://www2.icb.ufmg.br/napq/index.php/eventos/seminarios-do-...