“É isso um homem?”. A questão dá título a um dos mais importantes trabalhos memorialísticos do século 20, o livro publicado em 1947 pelo químico e escritor italiano Primo Lévi. Sobrevivente do Holocausto, ele narra o tratamento desumano aos prisioneiros de Auschwitz. O próprio Primo Levi atribuía sua sobrevivência aos conhecimentos em química, que o levaram a ser convocado para trabalhar em um dos laboratórios do campo de concentração. Para lembrar o centenário do escritor, comemorado no último dia 31 de julho, a Academia Mineira de Letras e o Núcleo de Estudos Judaicos da UFMG promovem seminário sobre seu legado literário nesta terça-feira, 6 de agosto. “A química da inclusão” é o tema de uma das conferências, que será apresentada por Ethel Mizrahy Cuperschmid, doutora em História pela UFMG e coordenadora do Centro de Memória da Faculdade de Medicina. Ela também é autora dos livros Muito além das cinzas: narrativas de Auschwitz, publicado em 2011; e Judeus entre dois mundos: primórdios da comunidade judaica de Belo Horizonte, de 2013.

Ethel Misrraí Cuperschmid foi a convidada desta segunda-feira do programa Universo Literário.

O seminário Primo Levi (1919-2019), promovido pela Academia Mineira de Letras e pelo Núcleo de Estudos Judaicos da UFMG será realizado nesta terça-feira, 6, às 19h30, na Academia Mineira de Letras - rua da Bahia, 1.466, Lourdes. A entrada é gratuita. Mais informações pelo site academiamineiradeletras.org.br .