Reparações históricas e desigualdades relacionadas: rumo à justiça reparadora e às afro-reparações é o tema da mesa-redonda que reunirá, na próxima sexta-feira, 16 de agosto, às 19h, os professores Agustín Lao-Montes, da Universidade de Massachusetts Amherst, Nilma Lino Gomes, da Faculdade de Educação da UFMG, e o ativista Federico Pita, cientista político pela Universidade de Buenos Aires e fundador da Diáspora Africana da Argentina (Diafar). O objetivo do encontro, que será realizado no auditório da Escola de Arquitetura da UFMG, é discutir a relação entre a desigualdade laboral e a desigualdade racial desde o século 16 até aos dias de hoje. 

A mesa-redonda é aberta à participação de estudantes, acadêmicos, ativistas e demais interessados no debate sobre o tema da justiça social e racial.

Espaço de reflexão
Os organizadores esperam que o encontro seja um espaço de reflexão sobre as críticas às políticas históricas de reparação, especialmente no contexto do avanço dos direitos globais e dos setores conservadores na América Latina, contribuindo para uma compreensão mais ampla e profunda das políticas históricas de reparação e do seu impacto nas comunidades afrodescendentes.

Além de refletir sobre a relação entre a desigualdade laboral e a desigualdade racial no contexto da modernidade capitalista, os convidados vão debater a forma como os regimes raciais de exploração laboral perpetuaram as desigualdades na distribuição global da riqueza e como as políticas de reparação histórica podem ser um caminho para a justiça social e racial.

A atividade tem o apoio do Instituto de Estudos Avançados Transdisciplinares (IEAT), que recebe como catedrático o professor Agustín Lao-Montes. Na última segunda-feira, dia 5, ele participou de conferência sobre as políticas de combate ao racismo e de promoção da igualdade social juntamente com a ministra Anielle Franco.