Após 15 anos, desigualdade social no Brasil deixa de cair
Relatório ‘País estagnado: um retrato das desigualdades sociais brasileiras’, da Oxfam, demonstrou que, em 2017, a desigualdade de renda ficou estagnada
![Foto: Cícero R. C. Omena / CC BY 2.0 / Flickr: https://bit.ly/2BEQnAV Desigualdade entre ricos e pobres deixou de cair, segundo dados da ONG Oxfam](https://ufmg.br/thumbor/tLcZDzKoF0DEPxpsUr3d9_Lt-RM=/0x0:2431x1622/712x474/https://ufmg.br/storage/7/3/c/b/73cb99245ccbc53974fe7ae35740dfdd_15434277744005_653491301.jpg)
Chico Science já dizia que “o de cima sobe e o de baixo desce”. Isso deixou de ser realidade no Brasil nos últimos 15 anos, época em que o país avançou na luta contra a desigualdade de renda e a pobreza social. O Brasil saiu do Mapa da Fome em 2014, tirou 29 milhões de pessoas da miséria e aumentou o nível de renda dos 40% mais pobres.
No entanto, o relatório País estagnado: um retrato das desigualdades sociais brasileiras, feito pela ONG Oxfam, demonstrou que, em 2017, a desigualdade de renda no Brasil ficou estagnada, ou seja, não caiu pela primeira vez em 15 anos. Um exemplo dessa situação, segundo o relatório, é que, para os 10% de brasileiros mais ricos, os rendimentos do trabalho cresceram 6%.
Já para os 50% mais pobres, a renda caiu 3,5%. O número de brasileiros na extrema pobreza também subiu 11% entre 2016 e 2017, e alcançou 15 milhões de pessoas. Por isso, o Brasil voltou a figurar no ranking dos 10 países mais desiguais do mundo: agora, figura na nona posição.
Nesta quarta-feira, 28, o programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, veiculou entrevista com o professor Jorge Alexandre Neves, do Departamento de Sociologia da UFMG, sobre a desigualdade no Brasil.