Sessenta e dois trabalhos de diversos cursos da área de Humanidades estão sendo exibidos entre hoje, terça-feira, dia 10, e amanhã, na Faculdade de Ciências Econômicas. A apresentação no formato de pôsteres é parte da programação da 2ª Conferência Internacional das Humanidades, que teve sessão e conferência de abertura ontem na UFMG.

Metade dos trabalhos selecionados foi mostrada hoje, abrindo o segundo dia de atividades; amanhã, a sessão de pôsteres terá início às 8h. Da agroecologia à educação, passando por temas que vão da questão de gênero na Revolução Francesa à memória nas canções de lavadeiras, o tema da Conferência – Sustentabilidade, bem estar e direitos humanos – se materializa em diálogos diversos.

O estudante de Pedagogia Sander Palmer apresentou hoje Experiências de iniciação à docência, uma investigação com base no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, o Pibid, na UFMG. O programa, que é vinculado à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), oferece aos estudantes de licenciaturas a experiência de estar em sala de aula. Para Sander, falar do Pibid foi uma oportunidade de "refletir sobre o ambiente de trabalho no programa e as experiências dos licenciandos, mas também de valorizar o Pibid e a carreira docente". 

Os graduandos da UFMG Juliana Ramos (Comunicação Social), Gabriel Silva, Diana Ribeiro e Steffane Santos (Ciências Sociais), integrantes do Grupo de Pesquisa em Mídia e Esfera Pública (EME), apresentaram o trabalho Deliberação, juventude e direitos humanos: ações para consolidação de habilidades democráticas. Atuando na frente extensionista do grupo de pesquisa, o trabalho levou o ensino de capacidades deliberativas para escolas de Belo Horizonte e do Pará, estimulando e promovendo debates sobre direitos humanos, conflitos sociais e outros temas que afetam as vidas dos estudantes.

Para Steffane Santos, foi desafiador, como graduanda, sair da UFMG para realizar as oficinas. "A gente teve que sair da zona de conforto e pensar sobre a universidade, ir até as escolas e lidar com realidades muito diferentes”, disse. Gabriel Silva ecoou a fala da colega, lembrando das mudanças técnicas que tiveram que fazer pelo caminho, como abandonar elementos tecnológicos que seria inviável utilizar nas escolas.

O slam – competição de poesia falada, delimitada por temas – foi tema de documentário realizado por André Vitor Gonçalves e Shirley Jorge, graduandos de Cinema e Audiovisual, e Rubia Cely, graduanda em Jornalismo, todos do Centro Universitário UNA. As reflexões provocadas pelo contato entre os autores e os poetas deram origem ao trabalho Arte marginal como agente de formação cultural e educacional. Os estudantes fizeram uma aproximação entre a arte, a marginalidade e os direitos humanos, atravessados pela linguagem e pelo aporte teórico do cinema.

Os pôsteres desses e de outros trabalhos já apresentados seguem expostos até às 18h30 de hoje. Os outros 31 selecionados serão avaliados amanhã, e o material também ficará exposto até o fim do dia. Os trabalhos mais bem avaliados serão premiados na sessão de encerramento da Conferência. Para consultar a programação completa da 2ª Conferência Internacional das Humanidades, acesse a página do evento.