Especialistas em saúde e direito debatem eutanásia e suicídio assistido
'Direito à morte' é o tema do Café Controverso deste sábado, no Espaço do Conhecimento
Debater as práticas que abreviam a vida de uma pessoa e suas implicações éticas é a proposta da próxima edição do Café Controverso, que traz o tema Eutanásia e suicídio assistido: temos direito à morte? Participarão da discussão o coordenador do Programa de Residência de Cancerologia Clínica do Hospital das Clínicas da UFMG, Munir Murad, e a advogada e doutora em Ciências da Saúde pela UFMG Luciana Dadalto. O evento será neste sábado, 17, às 10h, com entrada franca.
Até que ponto é positivo prolongar a vida biológica de um indivíduo que não responde mais aos tratamentos médicos tradicionais? Essa questão baliza o pensamento daqueles que veem na eutanásia e no suicídio assistido alternativa em favor de uma morte digna. No Brasil, contudo, esse assunto não é discutido: “Não se fala sobre isso aqui e acredito que ainda vamos demorar a tratar desse tema”, afirma Luciana Dadalto, advogada especialista em Testamento Vital.
Para o médico Munir Murad, esse tabu é resultado de uma visão da morte como falha, consequência de um erro no sistema médico. “Isso não é, necessariamente, uma verdade, e essa mentalidade faz com que o país esteja mal colocado no ranking de qualidade de morte. Morre-se mal por aqui”, sentencia.
O debate abordará ainda o cuidado paliativo, que busca controlar os sintomas e proporcionar conforto a pessoas com doenças graves. Esse tipo de cuidado ocorre paralelamente às medidas médicas tradicionais e tem-se mostrado eficaz em aliviar o sofrimento do paciente e de seus familiares diante da finitude da vida.
O Café Controverso ocorrerá na cafeteria do Espaço do Conhecimento UFMG, localizado na Praça da Liberdade, 700. O público também poderá participar fazendo perguntas aos palestrantes. Não há inscrição prévia. Mais informações disponíveis estão disponíveis no site do Espaço do Conhecimento.