Chile enfrenta onda de protestos contra ações do governo
Aumento da tarifa do metrô na capital Santiago foi o estopim para manifestações
Desde o último fim de semana, o Chile foi tomado por uma onda de protestos violentos. A insatisfação popular começou há cerca de duas semanas, após o aumento de 3,75% na passagem do metrô de Santiago.
O movimento, que teve origem na capital chilena, já tomou a rua de outras cidades e deixou 11 mortos e mais de 1,5 mil detidos. Pode-se dizer que o reajuste foi apenas o estopim: desigualdade social, concentração extrema da riqueza, impunidade diante da corrupção, desconexão da elite política e precariedade da saúde, das aposentadorias e da educação são também causas de insatisfação popular no país vizinho.
O governo chileno decretou Estado de Emergência e proibiu a circulação de pessoas nas ruas, imposição usada pela última vez em 1987, quando o ditador Augusto Pinochet ainda estava no poder. Os protestos no Chile chamam a atenção por ocorrerem em um momento de outros movimentos na América Latina.
A professora Renata Peixoto de Oliveira, doutora em ciência política pela UFMG e docente do curso de relações internacionais da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), falou sobre a crise no Chile, em entrevista ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta terça-feira, 22.
Na última quarta-feira, 16, no programa Conexões, a professora Renata Peixoto de Oliveira falou sobre a crise política e econômica enfrentada pelo Equador.