Copa de 2014: 7 a 1 foi muito além dos gramados
Saldo social e econômico não correspondeu ao que o Brasil esperava quando se propôs a receber o megaevento, segundo pesquisa abordada no ‘Aqui tem ciência’, da Rádio UFMG Educativa
Depois de 64 anos, o Brasil voltou a sediar uma Copa do Mundo em 2014. A realização do último torneio no país deixou marcas que vão além do vexatório placar de 7 a 1 imposto pela Alemanha.
Em dissertação de mestrado desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Direito da UFMG, a pesquisadora Mariana Belinotte analisou impactos dos megaeventos na política urbana de suas sedes. A Copa de 2014 serviu de base para o trabalho.
Ao estudar cada cidade-sede separadamente, a pesquisadora observou que a participação popular foi um dos pontos mais atingidos com o retorno do megaevento ao Brasil. Esse fator, inclusive, potencializou a crise política que se instaurou no país antes e depois da Copa.
A desproporcionalidade da distribuição dos recursos financeiros entre diferentes cidades e a concentração das obras em áreas específicas de cada sede são outros pontos criticados pela autora do trabalho. Saiba mais no episódio 118 do programa Aqui tem ciência, da Rádio UFMG Educativa.
Raio-x da pesquisa
Título: A Copa do Mundo de 2014 e a cidade: impacto dos megaeventos na política urbana
O que é: dissertação que alia pesquisa jurídico-compreensiva, análise documental e revisão bibliográfica para entender a influência da Copa do Mundo de 2014 sobre aspectos como competição entre cidades, flexibilização de normas, participação política e distribuição de investimentos
Pesquisadora: Mariana Grilli Belinotte
Programa de pós-graduação: Direito
Orientadora: Miracy Barbosa de Sousa Gustin
Coorientadora: Mônica Sette Lopes
Ano da defesa: 2021
Financiamento: CNPq
Fim de temporada
O episódio 118 do Aqui tem Ciência marca o fim da segunda temporada do programa, veiculado semanalmente, que apresenta pesquisas desenvolvidas na UFMG.
O episódio tem apresentação de Igor Costa, produção de Filipe Guedes, edição de Paula Alkmim e trabalhos técnicos de Cláudio Zazá. A coordenação interina de jornalismo da Rádio UFMG Educativa é de Alicianne Gonçalves, e a coordenação de programação, de Luiza Glória.
O Aqui tem ciência também está nos aplicativos de podcast, como o Spotify.