Crise da mineração permeia debates em Diamantina
Participantes do Seminário de Economia Mineira discutem exploração sustentável e alternativas para reduzir dependência
A exploração de minérios se confunde com a história de Minas Gerais. Gera riqueza e empregos, mas tem deixado sequelas. É necessário encontrar soluções não apenas para tornar a atividade menos predatória, mas também para reduzir a dependência de municípios e do próprio estado. O tema da mineração norteia parte significativa das discussões do Seminário de Diamantina, que tem sua 18ª edição realizada nesta semana, na cidade histórica.
Promovido desde 1982 pelo Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), da UFMG, o evento se constitui de debates e apresentações sobre outras questões mineiras, brasileiras e globais, sempre sob a perspectiva de áreas de estudo como a economia, a demografia, a história, as políticas públicas e as relações econômicas internacionais.
“Vamos falar da crise da mineração, de como lidar com ela dos pontos de vista social, econômico, ambiental. E abordar os impactos e as alternativas possíveis”, diz Frederico Gonzaga Jayme, professor da Faculdade de Ciências Econômicas (Face) e diretor do Cedeplar.
Neste ano, o evento é marcado pelos desastres de Brumadinho e Mariana. “Essas tragédias tornaram ainda mais urgente discutir alternativas tecnológicas. É preciso explorar o minério, mas têm faltado cuidados fundamentais e tecnologias mais seguras”, afirma o professor João Antonio de Paula, coordenador do Seminário.
O evento é tema da reportagem de capa da edição 2.068 do Boletim UFMG, que circula nesta semana em versão on-line.