'Da Fossa à Bossa' usa viagem no tempo para falar de emancipação feminina
No livro de Gisele Fortes, jovem do século 21 volta à 1959 e encara uma sociedade conservadora em meio ao surgimento da bossa nova
Imagine se você, uma jovem do século 21 pudesse voltar no tempo? Para qual época você iria? É isso que acontece em Da fossa à bossa: Uma viagem aos Anos Dourados, de Gisele Fortes. Maria Júlia, uma garota de 17 anos, se sente completamente deslocada em nossa época e detesta tudo que é próprio do mundo contemporâneo. Sem casos amorosos e nenhuma outra coisa que a segure neste século, a jovem tem a oportunidade de voltar à 1959, início dos chamados Anos Dourados brasileiros, e se redescobrir. No ano em que foi lançado o LP Chega de Saudade, de João Gilberto, Maria Júlia se vê em um mundo totalmente diferente, nos momentos iniciais da bossa nova. Assim, a obra é cheia de referências musicais, incluindo clássicos do gênero e também nomes internacionais como Nat King Cole e Frank Sinatra. Apesar da trilha sonora de qualidade, a protagonista precisa lidar com uma sociedade bastante conservadora, com concepções muito diferentes das que está acostumada, principalmente no que diz respeito ao papel da mulher, fator que será essencial para entender o seu verdadeiro lugar no mundo.
Gisele Fortes é formada em Comunicação Social e teve cargos importantes no mercado corporativo por duas décadas. Ela se lançou na escrita de ficção com a publicação de quatro livros em 2021, sendo o primeiro deles 'Pronta para viver'. Da fossa à bossa é uma publicação independente e pode ser encontrado em versão e-book e livro físico, nas livrarias físicas e virtuais. Você pode acompanhar o trabalho da escritora em giselefortes.com ou no Instagram @giselefortesreal.
O programa Universo Literário conversou com a autora, nesta quarta-feira, 8.
Ouça a conversa com a apresentadora Michelle Bruck: