Greve de Contagem completa 50 anos
Em 1968 o movimento pegou a Ditadura Militar de surpresa e foi o estopim para campanha salarial em várias cidades do país
![Mazico/CPDoc JB - Memorial da Democracia 50 anos da greve de Contagem](https://ufmg.br/thumbor/w4EAJAkx32Afik_R02gA5TocXPo=/0x183:800x716/712x474/https://ufmg.br/storage/e/9/9/0/e99056a535081587a0b839ca16dfea0f_15239124749316_1316869744.jpg)
Há exatos 50 anos, em 1968, operários da siderúrgica Belgo-Mineira desafiaram a lei antigreve da ditadura militar e cruzaram os braços reivindicando reajuste salarial de 25%. Primeira desde o golpe civil-militar, a paralisação pegou a ditadura de surpresa, por ter sido organizada pelo sindicato que estava sob intervenção do Ministério do Trabalho. Em um cenário de arrocho salarial, as tentativas de conter o movimento não foram suficientes, e mais e mais fábricas, em Contagem e outras cidades, aderiram ao movimento.
O resultado foi a concessão de reajuste de 10%, que em seguida foi estendido para todos os trabalhadores do país, pelo então presidente Costa e Silva. O professor da PUC de São Paulo e doutor em Ciências Sociais pela Unesp, Alessandro de Moura, conta como a greve influenciou outros movimentos pelo país.