Jovens na América Latina estão levando mais tempo para ingressar na vida adulta
Segundo estudo do Cedeplar, contribuem para esse quadro o aumento da escolarização e a maior rigidez das restrições legais para a entrada no mercado de trabalho
Os jovens latino-americanos estão levando mais tempo para ingressar no mercado de trabalho, sair da casa dos pais, se casar e ter filhos, segundo um estudo desenvolvido por pesquisadores do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da UFMG (Cedeplar). A pesquisa também concluiu que esse movimento é mais forte entre os homens do que entre as mulheres. De acordo com o trabalho, esse quadro se deve ao aumento da escolarização e a maior rigidez das restrições legais para a entrada no mercado de trabalho, criadas para coibir o trabalho infantil.
Para entender como a transição para a vida adulta ocorreu na América Latina entre 1960 e 2010, os pesquisadores utilizaram dados de 15 países da região: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Uruguai e Venezuela.
A Rádio UFMG Educativa conversou com Matheus Santos, doutorando em Demografia pela UFMG, um dos autores do artigo publicado na Revista Brasileira de Estudos da População. O pesquisador falou sobre os resultados gerais, as tendências observadas no Brasil e os fatores que podem influenciar os fenômenos encontrados na pesquisa. Ouça a reportagem de Beatriz Kalil no Soundcloud.