Espécies simbólicas da Mata Atlântica, como o pau-brasil, muito explorado durante o período colonial, o jequitibá-rosa, maior árvore desse bioma, que pode ultrapassar 11 metros, e a sapucaia, estão descritas no livro 50 árvores do Museu, que será lançado neste sábado, dia 8, a partir das 11h, no Museu de História Natural e Jardim Botânico (MHNJB). O lançamento integra as comemorações dos 50 anos do espaço. 

Flávia Santos Faria, vice-diretora do MHNJB e uma das organizadoras da obra, explica que a produção do livro tem vários objetivos: “Decidimos produzi-lo para auxiliar estudiosos de botânica em futuras pesquisas, servir como recurso de consulta durante as visitas e dar visibilidade à rica diversidade do museu”. O volume foi produzido em colaboração com o professor João Renato Stehmann, do Departamento de Botânica da UFMG, e a bolsista Thamyris Bragioni. “Neste sábado, faremos uma visita guiada pelas trilhas do museu que serviram de substrato para a produção do volume", afirma Flávia Santos.

O museu possui cerca de 500 espécies catalogadas, das quais 50 foram escolhidas para a produção do livro. “Priorizamos aquelas que são mais facilmente identificadas e que podem ser encontradas no percurso das trilhas. A ideia é que o público participe dessa identificação”, explica a vice-diretora.

De caráter botânico, o livro reúne informações técnicas das espécies, como características físicas e nome científico, e curiosidades, como as prováveis aplicações medicinais. A intenção é que 50 árvores do Museu se constitua no primeiro volume de uma série, que terá sequência com uma obra sobre as 50 peças museográficas do acervo.

Durante o lançamento serão distribuídos alguns exemplares. A versão digital será disponibilizada gratuitamente no Portal do Museu. A programação do cinquentenário também pode ser conferida na página da instituição.

Vegetação e acervo
Com área de, aproximadamente, 600 mil metros quadrados e acervo composto de mais de 265 mil peças, o Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG foi fundado em 12 de agosto de 1968. Grande parte da vegetação do museu é composta de exemplares da Mata Atlântica, e seu acervo museográfico divide-se entre as áreas de arqueologia, paleontologia, geologia, botânica, zoologia, cartografia histórica, etnografia, arte popular, documentação bibliográfica e arquivística.