Massacre em escola de Suzano é tema de entrevista no programa Conexões
Crime que chocou o país ocorreu nessa quarta-feira, 13, e deixou dez mortos
Na manhã dessa quarta-feira, 13, uma escola em Suzano, região metropolitana de São Paulo, foi cenário de um tiroteio que deixou dez mortos e pelo menos nove feridos. Uma dupla de atiradores encapuzados entrou na Escola Estadual Raul Brasil, durante o intervalo das aulas, e matou seis pessoas, entre alunos e funcionários. Os autores do crime, que se suicidaram logo depois do massacre, tinham 17 e 25 anos. Ainda não se sabe o motivo do ataque, mas os rapazes eram ex-alunos da escola.
Os policiais encontraram no local um revólver calibre 38, uma besta, um arco e flecha, uma mala com fios e coquetéis molotov. Após o ocorrido, mais de 20 pessoas foram levadas a hospitais, incluindo feridos e pessoas que passaram mal depois do ataque.
Nos últimos anos, episódios semelhantes ocorrem em diferentes regiões do país, a maioria deles motivadas por situações de bullying que o autor sofreu ou sofria na escola. Casos como esse já ocorreram antes no país, são tragédias com características semelhantes: atiradores abrindo fogo em uma escola, assassinando professores, funcionários e estudantes.
Entre os casos, estão o de 2002, em Salvador, quando um jovem de 17 anos matou duas colegas em sala de aula. Em 2003, em Taiúva, interior de São Paulo, um ex-aluno invadiu sua antiga escola, atirando em professores, alunos e se suicidando em seguida. Em 2011, no Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, um jovem de 23 anos matou 12 adolescentes em sala de aula. E, mais recentemente, em 2017, em Goiânia, um estudante de 14 anos matou dois colegas e feriu outros quatro.
Casos como esses aconteceram também em outros países, principalmente nos Estados Unidos, que apresenta alta recorrência desse tipo de crime. O episódio mais emblemático, que virou documentário entre outras produções, é o da escola Columbine, no Colorado, ocorrido há quase 20 anos, em abril de 1999.
No programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta quinta-feira, 14, o doutor em Educação pela USP Raymundo de Lima, que é também professor da Universidade Estadual de Maringá, falou sobre esse episódio e outros semelhantes, ocorridos no Brasil e no mundo.
O professor Raymundo de Lima é autor do artigo Após o Massacre de Realengo, publicado pela Revista Espaço Acadêmico.