O Ministério da Educação recuou parcialmente na proposta que exigia que escolas das redes públicas e particulares filmassem alunos durante leitura de uma mensagem do ministro da Educação, Ricardo Vélez, e a execução do hino nacional. O pedido foi feito através de um email enviado às escolas na noite de ontem (25/02) e foi criticado por especialistas. Hoje (26/02), a pasta retirou a menção ao slogan da campanha de Jair Bolsonaro e incluiu a necessidade de autorização dos pais para as gravações.

Para o professor da Faculdade de Educação da UFMG Luciano Mendes, a proposta fere o estado laico e pode ser associada a medidas tomadas em períodos autoritários da história do Brasil. Já o professor de Direito Constitucional do IBMEC, Alexandre Bahia, afirma que a filmagem dos alunos fere o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e que a mensagem enviada às instituições de ensino viola o princípio de impessoalidade na administração pública.