Melhora na situação dos reservatórios de água e incentivo em pesquisa são apontados como fatores pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o aumento na produção de peixes em Minas Gerais. Em 2016, o estado ocupou a 6ª posição entre os que mais produziram no país, foram 32,8 mil toneladas de pescado, movimentando mais de R$ 200 milhões. Em relação a 2015, quando Minas ocupava o 8º lugar, foram 10,7 mil toneladas a mais.

Na avaliação da professora do curso de Aquacultura da UFMG, Daniela Chemim, os números poderiam ser ainda mais significativos. "Um dos maiores obstáculos na produção desses animais é muita burocracia e problemas ligados à licenciamento ambiental", afirma. A Coopeixe, cooperativa de produção de peixes na cidade de Morada Nova de Minas, no Triângulo Mineiro, afirma que os obstáculos criados pela burocracia têm mais impacto sobre a produção do que a crise econômica. Responsável por gerar cerca de 1600 empregos diretos e indiretos numa cidade 8.800 habitantes, a cooperativa não tem licenciamento ambiental. Sem o documento, ela fica impedida de ampliar as atividades.