Morre a servidora Norma Eduarda da Fonseca, da Proplan
Ela ingressou na UFMG em 1995 e também trabalhou na Secretaria Geral do ICEx e no gabinete da Reitoria
Morreu nesta quarta-feira, 17, aos 59 anos, a servidora Norma Eduarda da Fonseca, que atuava na secretaria administrativa da Pró-reitoria de Planejamento e Desenvolvimento (Proplan) da UFMG desde 2015. Ela estava internada e teve um quadro de sepse.
Norma nasceu em Belo Horizonte no dia 17 de março de 1965. Era graduada em secretariado executivo e mestra em administração. Ingressou na UFMG como assistente em administração, em 1995, na Secretaria Geral do Instituto de Ciências Exatas. De 2006 a 2014, atuou no gabinete da Reitoria, até a transferência para a Proplan.
“A Norma era uma funcionária tecnicamente admirável, que me deu segurança em todos os passos que tive que tomar. Mas, acima de tudo, era uma pessoa maravilhosa, agregadora, alegre e que constantemente estava procurando resolver qualquer problema que pudesse tirar a harmonia do nosso ambiente de trabalho. Vai fazer muita falta”, lamentou o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento da UFMG, Maurício Freire.
A pró-reitora adjunta de Planejamento, Macilene Gonçalves de Lima, conhecia Norma há quase 30 anos, e as duas mantiveram uma relação que transcendeu o ambiente de trabalho. “Norminha – era assim que a gente a chamava – era uma irmã para mim. O filho dela é amigo de infância do meu filho, então temos uma longa história de amizade e companheirismo. Ela sempre nos presenteava com um sorriso, com um incentivo, com o cuidado de nos recomendar atenção para a saúde e para a atividade física”, testemunhou.
O professor da Faculdade de Ciências Econômicas (Face) Hugo Cerqueira, que foi pró-reitor da Proplan na gestão de 2018 a 2022, também se manifestou. “Norma sempre me impressionou pela sua dedicação e compromisso com o trabalho e com a UFMG. Ela ocupou posições de responsabilidade que exigiam a confiança dos dirigentes da Universidade, e sempre se portou à altura, tanto do ponto de vista técnico quanto do compromisso e responsabilidade demandados por estas posições. Como se isso não bastasse, era alguém marcante pela alegria de viver, alguém que contagiava o ambiente de trabalho com sua animação e bom humor, mesmo diante de situações difíceis ou tensas", disse.
Legados
Os colegas da Proplan também receberam a notícia com pesar. “A UFMG perde uma excelente profissional, que atuou em vários projetos e sempre buscou o bem da instituição e o primor na execução dos trabalhos. Além de ser minha colega na Proplan, tive o prazer de trabalhar com ela nas provas de vestibulares e concursos. Como chefe de prédio, era impressionante o cuidado dela com a condução do trabalho e a preocupação em zelar pelo nome da Universidade. Nós, colegas da Proplan, perdemos seu sorriso, sua energia, seu positivismo. Fica a certeza de que ela deixou um legado e que nunca será esquecida”, declarou o coordenador da Divisão de Convênios, Fernando Alvarenga.
O coordenador da Assessoria de Gestão da Informação, Alexandre Naves Magalhães, também se manifestou. “Tive o prazer de ter a companhia da Norma por bons anos. Sua alegria e energia eram incríveis. Mulher forte, de um sorriso cativante e um coração grandioso. Exemplo de mãe, criou o Gustavo com maestria. Como profissional era exemplo, pude aprender muito com ela. Vou sentir tanto sua falta, amiga, sua partida levou parte da minha felicidade. A UFMG está em luto”, disse.
“Conheci a Norma a partir das demandas de trabalho, mas fora desse ambiente, ela foi grande incentivadora do primeiro campeonato de futsal feminino na universidade. Era esportista e fazia diversas atividades, até corridas de rua. Lamentável e prematura a sua partida”, declarou a arquivista Eliane Lima, do Departamento de Logística de Suprimentos e de Serviços Operacionais (DLO) da Pró-reitoria de Administração.
Norma era uma das integrantes da equipe de futebol feminino Donas da bola, formada por funcionárias da Proplan, do DLO e do Centro de Comunicação (Cedecom), que venceu o campeonato realizado durante a Semana do Servidor da UFMG 2023.
A servidora também deixou sua contribuição acadêmica. Em dissertação de mestrado defendida em 2014, ela sustentou que o chamado Fator de Impacto (FI), índice bibliométrico utilizado para medir a qualidade de publicações científicas, não é aplicável ao Brasil, já que a métrica internacional está sujeita a deformações regionais. No trabalho, abordado em reportagem do Boletim, Norma sugeriu a criação de um índice brasileiro como forma de corrigir as distorções.
Norma deixou o filho Gustavo, de 28 anos, e o companheiro José Rachid, professor do Departamento de Física da UFMG.
O velório está sendo realizado até as 14h desta quinta-feira, dia 18, no Memorial Grupo Zelo (Avenida do Contorno, 8657, Gutierrez).