Faleceu na madrugada desta sexta-feira, 6, o professor Ivany de Moura Bomfim, aposentado da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO), da qual foi diretor em dois períodos (1982-1986 e 1990-1993). 

Seu corpo será velado neste sábado, dia 7, a partir das 9h, na capela 2 do Cemitério Parque da Colina, onde também ocorrerá o sepultamento. Ivany Bomfim tinha 89 anos e morreu em decorrência de falência múltipla de órgãos. Ele deixa a esposa, professora Therezinha Bonfim, um filho e um neto.

Ivany graduou-se na EEFFTO na década de 1960. Foi presidente do Diretório Acadêmico e participou ativamente dos movimentos pela federalização da então Escola de Educação Física de Minas Gerais. Após retornar do mestrado na Alemanha, Ivany tornou-se professor de ginástica na Escola, no início dos anos 1980. Participou de maneira efetiva da constituição e criação do primeiro curso de pós-graduação em Ciências do Esporte, que teve início em 1989.

Amante do esporte
A professora Kátia Lemos lembrou que Ivany Bomfim sempre foi "amante do esporte". "Originalmente, atuou com o handebol e, mais tarde, apaixonou-se pela ginástica artística". Outra colega, a professora Ivana Montandon, o definiu como "dedicado, alegre, descontraído, feliz, amigo e referência". "Ele e sua esposa Therezinha Bomfim foram meus treinadores de ginástica artística desde meus sete anos de idade. Foi, de fato, um pai, orientador e mentor."

Em 2019, o professor Ivany Bomfim foi entrevistado pelo colega Tarcísio Mauro Vago no âmbito do projeto de pesquisa e extensão História oral: produzindo fontes sobre a Escola de Educação Física da UFMG e os 50 anos de sua federalização. Durante o bate-papo, Ivany relatou marcantes episódios pessoais e profissionais, como sua experiência jogando no time juvenil do Atlético Mineiro, clube onde futuramente viria a trabalhar como preparador físico, e seu ingresso como contínuo no Banco da Lavoura.

O professor também contou sua experiência como presidente do Diretório Acadêmico da Escola de Educação Física durante a ditadura militar e a importância da mobilização estudantil para impedir que a Escola fosse fechada. Os períodos de docência no Colégio Técnico (Coltec) e de estágio na Universidade de Colônia, na Alemanha, também foram abordados na entrevista.