Oficinas do Manuelzão capacitam moradores de áreas vulneráveis para construção de cisternas
Equipes também incentivam o engajamento social dos moradores, por meio da educação ambiental
Por meio das oficinas Cultivando Águas, o Projeto Manuelzão, da Faculdade de Medicina da UFMG, capacita moradores de áreas vulneráveis na construção de cisternas. São sete comunidades contempladas pela iniciativa, que começou em julho. Com o objetivo de construir sete cisternas para armazenamento de água das chuvas, as oficinas são realizadas em comunidades rurais e urbanas periféricas da bacia do Rio das Velhas e do Rio Paraopeba. Cinco delas ficam no município de Lassance, localizado na região norte de Minas Gerais, e as outras duas estão localizadas em Belo Horizonte e Região Metropolitana.
As cisternas são uma alternativa criativa, simples e de baixo custo para acumular água nos territórios e melhorar a convivência com a seca. Além de ensinar os moradores das comunidades selecionadas a construir as próprias cisternas, as oficinas incentivam o engajamento social desses moradores, por meio da educação ambiental. Eles aprendem sobre a crise hídrica, o direito e uso da água e a situação desse recurso no próprio território. Além disso, são instruídos sobre como cuidar das cisternas após a instalação.
Em entrevista ao programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta terça-feira, 13, a geógrafa e mestra em geografia e análise ambiental pela UFMG Márcia Marques, que é colaboradora do Projeto Manuelzão, falou sobre as atividades e destacou que a crise hídrica que estamos enfrentando se dá tanto pela escassez do recurso, quanto pela poluição, que torna a água inutilizável. "Nós estamos avançando para o problema da crise hídrica aqui na Região Metropolitana. Nós selecionamos dois lugares que, por incrível que pareça, estão próximos a cursos d'água, mas que já vivenciam esse problema de crise hídrica justamente porque o curso d'água está poluído", destacou.