Pela primeira vez, o Enem terá também uma versão digital. As discussões sobre modelo virtual começaram em 2016, mas a decisão de implementá-lo de fato só foi tomada em 2019. A intenção do Inep é que o Exame se torne inteiramente digital até 2026. As provas estão marcadas para o dia 31 de janeiro e 7 de fevereiro, uma semana depois da versão impressa. 

Ao todo, serão usados cerca de quatro mil laboratórios de informática, com aproximadamente 25 computadores em cada, para as mais de 96 mil pessoas que confirmaram participação. Nesta primeira edição, participam da avaliação digital somente candidatos do terceiro ano do ensino médio ou aqueles que já se formaram. Os chamados “treineiros”, estudantes da primeira e segunda série do ensino médio, só puderam se inscrever para a versão impressa. Assim como na versão de papel, regras como uso de máscaras deverão ser respeitadas durante a prova, sob risco de eliminação.

A sexta reportagem da série especial sobre o Enem 2020 ouviu especialistas sobre essa novidade. Eles avaliam que a implementação de tecnologias no ensino é um processo natural, mas se preocupam com a comparabilidade entre as provas e as condições de acesso dos participantes, já que a ideia é, no futuro, acabar com a versão em papel da prova.

Nesta quarta, na última reportagem da série especial sobre o Enem 2020, falamos sobre o futuro e as lições que precisam ser aprendidas. A primeira reportagem da série especial sobre o Enem 2020 discutiu a data da prova; a segunda, falou sobre as medidas sanitárias. Já a terceira reportagem trouxe relatos de estudantes sobre como foi a preparação dos estudantes para o Exame em ano marcado pelo ensino remoto; a quarta, abordou o agravamento das desigualdades socioeconômicas com a pandemia e a quinta, analisou as condições dos professores de ensino médio.