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Políticas de gênero deverão enfrentar retrocessos na América Latina

Maiores avanços foram registrados durante ​governos de mulheres na região. Mas, a partir de março, América Latina não terá nenhuma presidenta

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Falta de representatividade feminina pode impactar criação de políticas públicas para as mulheres na América Latina
Fernando Frazão | ABr

A representatividade feminina na América Latina vive um momento de revés. Depois de ter mulheres ocupando a presidência de três dos mais importantes países da região nos últimos anos — Chile, Brasil e Argentina —, o poder se concentrará somente nas mãos de homens a partir de março, com a saída de Michelle Bachelet do governo chileno.

Para especialistas, as políticas de gênero deverão sofrer reduções nos próximos anos, já que foi justamente durante os governos femininos que houve um maior avanço na região — como nas políticas de combate à violência, programas para mulheres rurais e aumento da representação feminina na política.

"Essa onda conservadora que a gente tem visto na América Latina vem não só com retrocessos, mas tira a via feminina", avalia Valter Rodrigues de Carvalho, cientista político na Universidade Federal do Piauí.

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