O Coletivo Fanchecléticas apresenta o 1° Festival de Arte Fancha (FAFAN). O termo "fancha", no vocabulário LGBTQI+, é utilizado para designar mulheres homossexuais. Com o objetivo de estimular e trazer visibilidade às narrativas e perspectivas de mulheres lésbicas nas artes, o festival promove apresentações gratuitas nas áreas da música, literatura, artes visuais, cinema e artes cênicas, além de atividades de formação. O FAFAN vai até o dia 6 de junho, mês do Orgulho LGBTQI+.

A programação do Festival foi composta por meio de uma chamada pública que recebeu 279 inscrições de 20 estados brasileiros das cinco regiões do país, além de convidadas. Artistas como Grace Passô, Nívea Sabino, Denise Lopes Leal e Luana Vitra também participam do evento. Cada dia da semana será dedicado a uma manifestação artística.

As produtoras do Primeiro Festival de Arte Fancha e integrantes do coletivo Fanchecléticas Nadia Fonseca e Éle Fernandes foram entrevistadas do programa Expresso 104,5 desta segunda, 31. Elas chamaram a atenção para a invisibilidade das mulheres homossexuais no cenário artístico, daí a motivação para criar um festival exclusivo.

“A identidade sapatão tem pouco espaço nas artes. Então, a gente pensou em mapear artistas sapatônicas e a gente descobriu que nós somos uma multidão. Por isso, a gente resolveu e teve esse desejo de fazer um festival que reunisse todas essas  linguagens de arte e toda essa diversidade que é o ser sapatônico”, detalhou.

Na conversa, foram abordados assuntos como a seleção dos trabalhos, a diversidade de conteúdo – já que vieram inscrições de todas as regiões brasileiras – e os cursos ofertados. Além disso, as produtoras comentaram sobre as adaptações necessárias para a realização do festival de maneira virtual.

Todas as atividades 1º Festival de Arte Fancha (FAFAN) são gratuitas e transmitidas pelo site do evento.

Produção: Enaile Almeida e Filipe Sartoreto
Publicação: Alessandra Dantas