Professor da Escola de Arquitetura da UFMG analisa CPI da BHTrans, no programa Conexões
Entrevista abordou os fatores que motivaram a abertura desta CPI na capital mineira
Está em andamento, em Belo Horizonte, a CPI da BHTrans. Com o objetivo de apurar a atuação da BHTrans frente às suspeitas de irregularidades, a Comissão Parlamentar de Inquérito foi instaurada em maio deste ano e já escutou desde os donos das empresas de ônibus até os representantes dos movimentos Tarifa Zero, Nossa BH, BH Em Ciclo e do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). As tentativas de abertura da comissão passam pela Câmara desde 2017, e ganharam força nos últimos meses, por causa da atuação das empresas de transporte em meio à pandemia.
Para debater o transporte coletivo em Belo Horizonte e a CPI da BHTrans, o programa Conexões desta terça-feira, 29, recebeu o professor Roberto Andrés, do Departamento de Projetos da Escola de Arquitetura da UFMG. Durante a conversa com a jornalista Luíza Glória, ele explicou o funcionamento da concessão do transporte na cidade, falou das irregularidades levantadas em 2017 e como a pandemia impactou essas questões legais.
“Para a maioria da população que não pode ter um veículo particular, ônibus significa um acesso a itens essenciais para a vida. Sem mobilidade urbana, as pessoas não acessam itens básicos, como oportunidade de emprego. É um direito previsto em Constituição, no artigo sexto, e não é entregue para a população como direito, principalmente na nossa cidade, onde lazer, serviço e emprego estão concentrados em certas áreas”, avaliou.
A transmissão da CPI da BHTrans está sendo realizada pelo site da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Os vídeos das reuniões ficam salvos na página para quem quiser acompanhar as reuniões que já foram realizadas. O Movimento Tarifa Zero BH faz a cobertura das reuniões da CPI em tempo real pelo Twitter.
Produção: Laura Portugal, sob orientação de Luíza Glória
Publicação: Flora Quaresma, sob orientação de Hugo Rafael