Em todo o Brasil, tem sido visível, nos últimos meses, o aumento nos preços, seja dos alimentos, da gasolina ou da energia elétrica. No início deste mês de agosto, a inflação atingiu o valor mais alto desde 2016: o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo IBGE, chegou a 8,99%. A inflação é o aumento dos preços de produtos e serviços, que é calculado pelos índices de preços e demonstra como os preços aumentam ou diminuem de um mês para o outro. 

A alta mais observada pelos brasileiros é nas prateleiras do supermercado: os alimentos e bebidas subiram 13%, em 12 meses, na média geral do IPCA. Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam que o custo médio da cesta básica subiu em 15 de 17 capitais pesquisadas. Belo Horizonte registra a quarta maior alta. Para muitos brasileiros, que recebem um salário mínimo, de R$ 1.100, metade da renda foi destinada apenas para a alimentação. 

Os combustíveis também apresentam alta acumulada: a gasolina de 40%, o etanol, 57%, e o diesel, 36%. O preço médio por litro no país é de R$ 6, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Além disso, diante da crise hídrica vivenciada no país, uma nova alta na tarifa das contas de luz será adotada. A energia elétrica residencial ficou 20% mais cara. Em junho, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já havia aumentado a bandeira vermelha, taxa extra cobrada nas faturas, de R$ 6,24 centavos para os atuais R$ 9,49.

Essas variações nos preços dos bens e serviços foram tema de entrevista no programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, nesta terça-feira, 31. A jornalista Luíza Glória, apresentadora do programa, conversou com o professor de economia Rafael Ribeiro, da Faculdade de Ciências Econômicas da UFMG (Face) e pesquisador do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade (Cedeplar). 

Ouça a entrevista de Luíza Glória com Rafael Ribeiro no SoundCloud.