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Quarta onda da Covid-19 está chegando ao Brasil?

O programa Conexões conversou sobre o aumento de casos no país com epidemiologista da UFES

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Média móvel de casos no Brasil voltou a subir, chegando a quase 30 mil infecções diárias
Foto: Pedro França/Agência Senado

Diversos países do mundo já enfrentaram ou ainda enfrentam a quarta onda da covid-19, e o aumento do número de casos no Brasil traz a preocupação ao país. 

Neste ano, no Brasil, vivenciamos uma alta de casos em janeiro e fevereiro, atribuída à disseminação acelerada da variante Omicron. Nesse período, a média móvel semanal se aproximou dos 190 mil casos, com registro de mais de 280 mil em um único dia, 3 de fevereiro, segundo o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass). A partir de março, quando o número de infecções diárias começou a cair consideravelmente, começamos a ver medidas como o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados em várias cidades e estados e a decisão de acabar com o decreto que considerava a covid-19 uma Emergência de Saúde Pública. Essa medida foi anunciada pelo Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em 17 de abril. Em meio a um cenário relativamente estável, as taxas de vacinação também chamam atenção: a dose de reforço só foi aplicada em cerca de 43,5% da população brasileira e há uma discrepância significativa entre os estados, conforme dados do Consórcio de Veículos de Imprensa. Nesse cenário, a média móvel de casos por dia voltou a subir, chegando a quase 30 mil atualmente, ligando o alerta da 4ª onda. Há pouco mais de um mês, no final de abril, essa taxa estava em 12 mil, de acordo com o Conass. Apesar da situação não se comparar aos piores momentos da pandemia no país, em 2020 e 2021, várias ações são necessárias por parte da população e dos governos para impedir que os casos e mortes voltem a crescer. 

Para analisar a situação da covid-19 no Brasil hoje e saber se estamos chegando à quarta onda, o programa Conexões conversou com a professora Ethel Maciel, que é epidemiologista e professora titular da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). A professora destacou a importância de manter o uso de máscaras, principalmente em locais fechados, e de colocar a vacinação em dia. 

Ouça a conversa com a jornalista Luiza Gloria:

O Ministério da Saúde anunciou que o SUS vai passar a aplicar a segunda dose de reforço do imunizante em pessoas com 50 anos ou mais. Além disso, o cronograma da pasta segue valendo: adultos entre 18 e 49 anos e adolescentes entre 12 e 17 precisam do esquema inicial com duas doses e um reforço quatro meses depois; já as crianças de 5 a 11 anos devem tomar as duas doses da vacina infantil. Aqui em Belo Horizonte, no site da prefeitura, você pode acompanhar em qual dessas fases você está e onde se imunizar. 

Por causa do aumento do número de casos, a Prefeitura de Belo Horizonte decidiu, na última semana, recomendar a volta do uso de máscaras em ambientes fechados. Outras cidades como São Paulo e Rio de Janeiro também recomendam a volta das medidas de segurança. 

Os dados completos sobre os casos e óbitos relacionados à covid-19, você encontra no painel do Conass.

Produção: Alícia Coura e Arthur Resende, sob orientação de Alessandra Dantas e Luiza Glória