Reitoria, 60 anos: conheça a arquitetura modernista do prédio
Inaugurado em 26 de outubro de 1962, primeiro prédio do campus Pampulha materializa cinco premissas de Le Corbusier
É impossível caminhar pelo campus Pampulha sem notar a presença de um imponente prédio que se sobressai na paisagem. A Reitoria se destaca por sua posição na topografia do campus e sua altimetria superior à dos demais edifícios, mas, especialmente, pelas linhas modernistas que influenciaram o projeto arquitetônico.
Em 1950, quando o prédio foi construído, o modernismo pulsava como um movimento artístico que mirava o futuro e os avanços tecnológicos. O arquiteto Eduardo Mendes Guimarães Júnior, responsável pela obra, empenhou-se para que o primeiro edifício do campus correspondesse a esses ideais, demonstrando o compromisso da Universidade com o progresso.
A própria escolha da localização do campus foi norteada por essas premissas. Em um primeiro momento, a ideia era construir a chamada cidade universitária na região central, mas, posteriormente, a região da Pampulha foi escolhida por representar um polo modernista de Belo Horizonte, em razão da presença do chamado Complexo da Pampulha, projetado por Oscar Niemeyer.
No livro Por uma arquitetura (1923), o arquiteto Le Corbusier define os caminhos modernistas da arquitetura, defendendo a incorporação dos princípios industriais à produção, tal qual ocorria com automóveis e navios, ícones da produtividade e do avanço técnico da época.
Em entrevista à TV UFMG, Edgardo Moreira Neto, arquiteto do Departamento de Planejamento Físico e Projetos da Universidade, fala sobre as cinco premissas da arquitetura moderna de Le Corbusier presentes no prédio da Reitoria. Assista.
Produção e reportagem: Laura Bragança e Crislândia Silva
Imagens: Ângelo Araújo, Samuel do Vale, Cedoc TV UFMG e DLO UFMG
Edição de imagens: Marcelo Duarte
Edição de conteúdo: Flávia Moraes
Entrevistado: Edgardo Moreira, arquiteto da UFMG