UFMG sobe 76 posições no ranking global da QS
Universidade foi a instituição de ensino superior brasileira que mais avançou na classificação; resultado confirma tendência de ascensão apontada pelo ranking da THE

A UFMG subiu 76 posições no QS World University Rankings 2026, saltando da faixa 671-680, em que se situava na edição de 2025, para a posição 595 na edição atual. A Universidade foi a instituição de ensino superior brasileira que mais ganhou posições nesta edição do ranking – o dobro das posições conquistadas pela segunda colocada nesse quesito. Os resultados do levantamento foram divulgados no dia 19 de junho e podem ser consultados no site da agência de avaliação de educação superior Quacquarelli Symonds (QS).
Com o avanço, a UFMG adentrou o top 600 global do ranking da QS, posicionando-se acima de 60,4% das universidades do planeta. “Mesmo em um ano de metodologia mais rígida e competição acirrada no ranking da QS, passamos para o grupo das 40% melhores instituições de ensino superior do mundo, o qual adentramos pela primeira vez na série histórica. Isso reflete um ganho não apenas absoluto, mas também relativo de posição. É uma marca importante, ainda mais se considerarmos o difícil cenário internacional para a educação terciária”, avalia o professor Dawisson Belém Lopes, diretor do Escritório de Governança de Dados Institucionais (EGDI) da UFMG.

O bom desempenho da UFMG no QS é coerente com o resultado alcançado pela Universidade na última edição do ranking de impacto da Times Higher Education (THE), no qual a instituição apareceu no grupo das 15% melhores universidades do mundo e como a melhor federal do Brasil. O levantamento, também divulgado em meados de junho, mensura a contribuição das universidades para o cumprimento dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Luz amarela na América Latina
Do “difícil cenário internacional para a educação terciária” mencionado em sua avaliação sobre os resultados da UFMG no ranking global da QS, o diretor do EGDI destaca especificamente o contexto das instituições latino-americanas. Segundo Dawisson Lopes, elas enfrentam seu pior ciclo no ranking em anos. “90% das instituições de ensino superior da América Latina caíram no ranking deste ano, e 59 foram eliminadas do levantamento em razão de seu baixo desempenho. Dessas, 11 eram brasileiras. Esses são resultados que refletem, na ótica da classificação da QS, problemas de internacionalização, de visibilidade científica e de sustentabilidade financeira de alguns dos sistemas de ensino superior da nossa região”, contextualiza o diretor. Na contramão dessa tendência regional negativa, a UFMG situou-se no topo do contingente de 10% de instituições da região que subiram no ranking, melhorando suas performances.
A melhora obtida pela UFMG no último levantamento reafirma a tendência de ascensão experimentada pela Universidade desde a edição de 2023, ano em que ocupava a faixa 701-750. “O principal índice responsável por nossas ascensões mais recentes é o que mensura a reputação internacional das instituições. Nesse critério, subimos 15 posições do último levantamento para o atual e alcançamos o 257º lugar do mundo”, destaca o professor. “Isso é resultado do esforço que toda a equipe do Reitorado tem feito, buscando a melhoria na coleta e na oferta de dados institucionais, em articulação coordenada com as unidades acadêmicas. Nosso foco é fortalecer o reconhecimento da UFMG no ambiente global”, demarca o diretor.

A reitora Sandra Regina Goulart Almeida comemora a tendência de avaliação positiva da Universidade no ranking da QS, mas faz ressalvas sobre a classificação: “Os rankings são ferramentas imperfeitas de medição do desempenho acadêmico. Ainda que nos ajudem a perceber aspectos da nossa realidade, eles não captam toda a riqueza da nossa vida universitária. É preciso entender suas limitações. Feitas essas considerações de ordem técnica, é também importante assinalar que, em termos comparados, a UFMG tem-se destacado bastante nos últimos anos nos diferentes rankings nacionais e internacionais. Esse reconhecimento dá alento à comunidade e estímulo para seguirmos cumprindo a nossa missão educacional e social”, afirmou.
No contexto nacional, a UFMG figura como a sexta melhor universidade no QS World University Rankings 2026. Nesta edição, foram levantados dados de 8.467 instituições de ensino superior de 106 países, 24 delas brasileiras.