Violência contra mulheres foi prática constante da Ditadura Militar no Brasil
Coluna Gênero e Feminismo analisa violações cometidas contra mulheres e também movimentos de resistência feminina
![Elói Corrêa I GOVBA Atrizes fazem passeata contra a censura durante a Ditadura Militar](https://ufmg.br/thumbor/UjcyFWkJhVTif1HbWHVVgpKZ3Cs=/0x0:2054x1371/712x474/https://ufmg.br/storage/b/7/e/6/b7e692b2164a6dcdc459f6e2308c8487_15537983666854_815857524.jpg)
O Ministério Público de Minas Gerais recomenda aos quartéis que não celebrem aqui no estado o golpe de 1964, que completa 55 anos no dia 31 de março. Assim como em todo o país, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão ressalta que o regime militar cometeu graves violações de direitos humanos.
O documento foi divulgado nesta quarta-feira. Neste mesmo dia, a cúpula das Forças Armadas disse, em texto para marcar a data, que a chegada dos militares ao poder foi para “interromper a escalada em direção ao totalitarismo.”
Tendo como pano de fundo essas disputas de narrativas, a Coluna Gênero e Feminismo desta quinta-feira destaca que estudantes universitárias foram maioria nos movimentos de resistência popular à ditadura brasileira.
A coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (NepemUFMG), Marlise Matos, aponta a violência sexual contra as mulheres como uma prática constante das forças repressivas e que “celebrar o golpe de 64 é uma afronta à democracia”.