Evento cultural

Estudantes do curso de Teatro estreiam espetáculo sobre os desafios de ser artista

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O que você faria para alcançar seu sonho? Para um grupo de participantes de uma maratona de dança, é preciso ser o último sobrevivente da competição para alcançar uma premiação misteriosa. O mote é o que guia o espetáculo Desesperados (o jogo) ou um número poético em meio à multidão, resultado da disciplina Prática de criação cênica A, do curso de graduação em Teatro da Escola de Belas Artes da UFMG. A classificação etária é de 14 anos.

A temporada de estreia vai de 4 a 8 de julho, de sexta a terça, sempre às 20h30, na Funarte. Os ingressos, no valor de R$ 20, podem ser retirados antecipadamente pela plataforma Sympla ou na portaria do teatro uma hora antes do início do evento. Estudantes, maiores de 60 anos, pessoas com deficiência e profissionais da área artística (teatro, cinema, música e dança) têm direito à meia entrada. A entrada está sujeita à capacidade do espaço.

Pesquisa e criação
Com direção e dramaturgia do professor Júlio Vianna, o espetáculo mescla as linguagens do teatro e do vídeo e dá continuidade à pesquisa artística e acadêmica realizada pelo diretor nos últimos anos. A dramaturgia foi construída durante os ensaios, a partir de experimentações e laboratórios, envolvendo estilos musicais diversos, principalmente música eletrônica, e vertentes que dialogam ou são influenciadas por esse gênero.

O espetáculo resulta de pesquisas sobre o universo da música eletrônica, tendo as boates e baladas a partir da década de 1970 como recorte espaço-temporal, além de ser livremente inspirado na obra The shoot horses, don’t they? (filme traduzido para o português como A noite dos desesperados), de Horace McCoy. Por meio de metáforas – sutis ou escancaradas – e diálogos repletos de “batidas sonoras pulsantes”, a encenação pretende “suscitar reflexões sobre as relações humanas na contemporaneidade e as dificuldades enfrentadas por quem escolhe ser artista em nossa sociedade”, informa-se no texto de divulgação.

Sob a orientação dos professores Júlio Vianna e Ed Andrade, da EBA, os processos de pesquisa, criação e caracterização das personagens, iluminação e cenografia foram desenvolvidos por alunos de Teatro e de outros cursos da Universidade, como Design de Moda, e pós-graduandos da EBA.

Para a criação videográfica, Vianna criou um roteiro que mescla projeção de cenas transmitidas ao vivo e gravadas. O videomaker Rafael Sandim integrou a produção e, além de operar a câmera durante as apresentações, também criou, em diálogo com o diretor, a fotografia das cenas.

Descrição Imagem
De raves a festivais, espetáculo é inspirado na estética das boates e baladas a partir da década de 1970 Foto: Rafael Sandim