Historicamente estigmatizada, a comunidade LGBTQIA+ sofre com a marginalização, a homofobia e a transfobia, potencializadas durante a pandemia com o isolamento social e a dispersão desse público. Para tentar restabelecer essa conexão, o projeto PrEP 15-19 Minas aproveita seu aniversário de um ano para promover a primeira Ferveção virtual, evento de socialização entre jovens dessa comunidade. Seguindo os protocolos sanitários, a ação será realizada neste sábado, 19 de setembro de 2020, das 15h às 18h30, via plataforma Zoom e com transmissão pelo Facebook.

A ação cultural terá música, oficina de dança e de “montação” (processo de aplicar maquiagem e roupas para assumir a persona drag queen) e sorteio de brindes. As atrações serão o show de DJ Grabs (residente @bsurda), a oficina de dança do artista mineiro Glaucio Oliveira (Centro Cultural Arte em Movimento) e a oficina de montação com Rainha Nickary Aycker (artista drag queen dos Coletivos Academia Transliteraria e Toda Deseo). 

As organizadoras explicam que o objetivo é celebrar políticas públicas direcionadas às pessoas da comunidade LGBTQIA+ e o direito delas de existir e estar vivas, mas o evento é aberto à sociedade em geral. “O evento surge como processo de vinculação, para que possamos nos aproximar desses jovens e criar um diálogo com os participantes e entre eles”, destaca a educadora Jô Arllen.

Durante o evento, haverá sorteio de brindes para as pessoas que acompanharem o evento pela plataforma Zoom. Os ingressos, gratuitos, estão disponíveis no Sympla. Quem não conseguir entrar na sala, que tem limite de participantes, poderá acompanhar ao vivo pelo Facebook.

O projeto
O projeto PrEP 15-19 é uma pesquisa que avalia a PrEP como parte da chamada prevenção combinada, por meio do uso diário de dois antirretrovirais associados em um único comprimido (tenofovir+emtricitabina) entre jovens de 15 a 19 anos que se identificam como gays, homens que transam com homens, mulheres trans e travestis.

É um estudo multicêntrico nacional realizado pela UFMG, USP e UFBA e com financiamento da OMS/Unitaid e do Ministério da Saúde. Em Belo Horizonte, as atividades ocorrem principalmente no Centro de Referência da Juventude (CRJ), em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte.