Saúde

Covid-19: sequelas de médio e longo prazo ainda são incertezas para comunidade médica

Professora da UFMG fala sobre o impacto da doença no organismo após a recuperação

Segundo o Ministério da Saúde, mais de três milhões de brasileiros se recuperaram da covid-19 desde o primeiro caso confirmado, em 26 de fevereiro. Entretanto, hospitais públicos e privados apontam números cada vez maiores de pacientes que apresentam sequelas relacionadas à doença e precisam retornar ao sistema de saúde. 

Os principais casos relatados são perda permanente do olfato e paladar, comprometimento da capacidade respiratória, acometimentos cardíacos e renais, fraqueza muscular, déficit de concentração e de memória, além de ansiedade e depressão. Em razão dessa variedade de sintomas que acometem pacientes com quadros clínicos diferentes, pesquisadores em todo mundo têm conduzido uma série de estudos para compreender as sequelas deixadas pela covid-19. Contudo, o conhecimento ainda escasso acerca da doença não permite a constatação de previsões quanto a possíveis sequelas ou tempo de reabilitação. 

Para Jordana Reis, professora do departamento de Microbiologia da UFMG, a resposta inflamatória desencadeada pelo novo coronavírus é a provável explicação para o surgimento de sequelas, além disso, é necessário um acompanhamento multidisciplinar das manifestações clínicas dos pacientes para obter mais respostas.  

Equipe: Artur Horta (produção); Márcia Botelho (edição de imagens); Renata Valentim (edição de conteúdo)