Institucional

Grupo Montevidéu manifesta-se contra cortes no orçamento das universidades federais

Em nota, Associação formada por 40 instituições de seis países da América do Sul afirma que Ifes são fundamentais no combate à pandemia

Logomarca da AUGM, que reúne 40 universidades da América do Sul
Logomarca da AUGMReprodução

A Associação das Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM), formada por 40 instituições de ensino superior públicas da Argentina, da Bolívia, do Brasil, do Chile, do Paraguai e do Uruguai, manifestou, em nota nesta quinta-feira, dia 13, sua preocupação com a proposta de corte linear de 18,2% no orçamento das universidades federais brasileiras.

Na declaração, assinada pelo presidente Enrique Mammarella e pela vice-presidenta Sandra Regina Goulart Almeida, a entidade afirma que o governo brasileiro “aprofunda a asfixia das universidades por meio do orçamento” e destacou o papel que essas instituições desempenham no enfrentamento da pandemia. 

“O uso adequado do dinheiro público, o desenvolvimento acadêmico acumulado e o compromisso social de nossas instituições nos possibilitaram fazer contribuições substanciais em diversos campos, como ciência, tecnologia, pesquisa, extensão, cultura, saúde, inclusão, além de transformações no ensino e na educação em novos contextos”, registram os reitores, acrescentando que as contribuições das universidades públicas também “serão fundamentais para a recuperação social e econômica dos países e da região no pós-pandemia”.

A AUGM conclui o documento reivindicando que o governo brasileiro anule os cortes orçamentários projetados e promova a “alocação orçamentária necessária para as universidades federais brasileiras”.

Atividades comprometidas
Se levado adiante, o corte de 18,2% no orçamento das universidades federais deverá comprometer as atividades de ensino, pesquisa, extensão, assistência estudantil e os próprios investimentos que as instituições precisam fazer em um cenário de pandemia. “Não temos como absorver mais esse corte”, declarou, nesta semana, a reitora Sandra Goulart Almeida.

A proposta de Lei Orçamentária Anual (LOA), que deverá ser encaminhada até o fim do mês ao Congresso Nacional, prevê um corte global de R$ 1,2 bilhão nos orçamentos das universidades e institutos federais. Só a UFMG perderia R$ 38 milhões de recursos orçamentários caso ela seja aprovada pelo parlamento brasileiro.