No Brasil, cresce a violência registrada contra mulheres negras nos últimos anos
Doutoranda em psicologia pela UFMG, Larissa Amorim foi a convidada para falar sobre o tema no programa Conexões
![Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil Marcha das Mulheres Negras em Copacabana, no Rio de Janeiro, realizada em 2019](https://ufmg.br/thumbor/gTLOq1kMM8O5qv5BDZpfGSjggN0=/0x0:4954x3332/712x474/https://ufmg.br/storage/7/3/2/8/73285b959f8c77b9f1fd5e394dd5f1c3_16152258850791_1631851374.jpg)
Esta segunda-feira, 8 de março, é o Dia Internacional da Mulher. A data, oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na década de 1970, simboliza a luta das mulheres pelos mesmos direitos civis concedidos aos homens. Mais de 40 anos depois da instituição, a data ainda é ocasião para falar da violência contra a mulher. No Brasil, especificamente, os dados trazem uma forte característica: a influência do racismo nos casos de agressão a mulheres.
Dados do Atlas da Violência no Brasil, de 2018, mostram que, de 2008 a 2018, a violência contra a mulher negra aumentou 12,4%, enquanto a taxa de violência contra mulheres não pretas diminuiu 11,7%. Dados mais atuais, do Atlas de 2020, mostram que, de 2017 a 2018, houve uma redução de 8,4% na taxa de homicídios contra a mulher, de forma geral, mas ainda com uma disparidade racial: a taxa de homicídios de mulheres não negras reduziu 12,3%, enquanto a de mulheres negras reduziu cerca de cinco pontos percentuais menos, 7,2%.
Com base nesses dados, o programa Conexões, da Rádio UFMG Educativa, convidou, nesta segunda-feira, a doutorando em psicologia pela UFMG Larissa Amorim, que, de 2015 a 2019, foi subsecretária estadual de Políticas Públicas para as Mulheres no Governo de Minas Gerais, para falar sobre a violência contra a mulher negra no país.
O site do Instituto Maria da Penha reúne informações sobre a violência contra mulher e formas de combatê-la. É possível denunciar casos de violência doméstica pelo telefone 180.