Uma startup criada por alunos de graduação do Instituto de Ciências Agrárias (ICA) venceu a competição de empreendedorismo Agita Norte de Minas, encerrada na semana passada, em Montes Claros. A Organo Cycle foi a melhor entre as seis equipes participantes. A Lip Start, formada por alunos de diferentes cursos do campus, também chegou à etapa
final.

O Agita Norte de Minas é um programa de pré-aceleração de ideias de negócios da Escola do Sebrae. Em agosto, as duas equipes concorreram com outras 50 iniciativas e foram selecionados para uma das dez vagas do programa. Depois de três meses de mentoria, apenas seis equipes foram selecionadas para a fase final.

A Organo Cycle tem o propósito de facilitar o processamento de resíduos sólidos orgânicos, unindo empresas que geram resíduos a produtores de fertilizantes, no campo e até mesmo nas cidades. O grupo pretende desenvolver uma plataforma para controle de processos de obtenção de fertilizantes orgânicos.

Os idealizadores do projeto vencedor são Afrânio Adailton Araújo e Maria Gabriela Alves, ambos estudantes de Agronomia. “Utilizando a internet das coisas, os produtores associados à Organo Clycle poderão acompanhar os indicadores de produção pelo aplicativo, que vai direcionar e recomendar o manejo adequado para produção, possibilitando que até mesmo produtores inexperientes realizem o processo com eficiência e economia”, explicou Afrânio.

A Lip Start é uma plataforma destinada a aproximar alunos e empresas antes da conclusão da graduação ou de cursos técnicos, promovendo a aplicação do conhecimento teórico na prática por meio de soluções apresentadas para os desafios propostos pelas empresas. Os integrantes
são Reivson Soares, Elves Mozzoni, Angelo Gonçalves e Hebert Ivo Coutinho, de Administração, e Silvia Santana, de Agronomia.

Há três anos
Os alunos fazem parte do Núcleo de Empreendedorismo Universitário do ICA, lançado neste ano e registrado como um Programa de Extensão da Universidade. O professor Junio Cota, coordenador do Núcleo, comenta que a iniciativa veio consolidar o trabalho desenvolvido com alunos de vários cursos há três anos, de estímulo ao envolvimento em ações e programas de empreendedorismo e inovação.

“A inovação e o empreendedorismo estão no DNA da UFMG. Em um mercado cada vez mais competitivo, muitos podem criar suas oportunidades de emprego empreendendo e inovando. A formação empreendedora é muito importante para a trajetória acadêmica, profissional e pessoal dos alunos”, disse o professor.

Afrânio Araújo acredita que a formação dos estudantes deve ser diversa e multidisciplinar. “Devemos estar sempre preocupados em resolver os problemas da sociedade, e nesse sentido o projeto contribui para que eu me torne um profissional mais capacitado a aceitar desafios. Essa é uma oportunidade de pôr em prática o conhecimento adquirido na Universidade para tentar amenizar um problema real.”